
Por vezes sentimos que somos esquecidos, como uma caixa no fundo do armário ou uma velha carta enterrada debaixo da cama, sentimos que toda a gente que nos rodeia se esqueceu do nosso nome até mesmo de quem somos. Grandes amigos afastam-se e tornam-se desconhecidos. Pior é, então, quando se cria daquelas amizades que sabemos (mesmo sem provas) que vão durar, de certeza, até ao fim e um dia deixamos de saber o que se passa com a outra pessoa. Está bem? Está doente? Apenas não tem tempo ou aconteceu algo de grave? Começamos a pensar nas coisas mais absurdas e exageradas, que no fundo não passam de medos que apenas o nosso subconsciente percebe, uma vez que estamos muito ocupados a achar que são absurdas, e exageramos ao máximo chegando a pensar na Morte até.
E depois há um daqueles dias em que tudo parece estar a correr mal e só queremos falar com AQUELA pessoa, porque sabemos que ela nos vai apoiar, porque no fim de contas foi a única que sempre apoiou e ela simplesmente não pode, não está lá e então só queremos encolher-nos, do tamanho de uma pequenina bola, e esquermo-nos de nós próprios dentro daquela caixa no canto do armário. Mas sobrevivemos, sobrevivemos sempre e os dias voltam a correr bem e aquela pessoa só nos salta à memória de vez em quando, quase como uma brisa que correu a nossa mente e desapareceu. Uma frase "Como será que ela vai?" e de repente já nem nos lembramos em que é que estávamos a pensar.
E então, os dias voltam a correr mal e aquela saudade, que nós julgávamos esquecida volta a apertar o coração, tão forte que as lágrimas começam a aparecer no canto dos olhos e então voltamos a correr para casa, sabendo já que a pessoa não vai estar disponível, mas mesmo assim desesperados por algum contacto tentamos tudo: telemóvel, computador, mail, msn, facebook... e no fim dos fins lá está! Um mail, uma lembrança, uma saudade, uma surpresa...!
E de repente todos os maus dias desaparecem, porque como eu disse aquela pessoa estava sempre lá, porque no fim de contas foi a única que sempre lá esteve e voltamos a sorrir, e o mundo volta a brilhar, e nós próprios voltamos a brilhar no meio deste Universo gigante.
Obrigada por não te teres esquecido de mim. Obrigada por estares aí, hoje e amanhã. Hoje precisei eu de ti, talvez amanhã precises tu de mim. Obrigada por me deixares estar aí para ti.
Maria,
ResponderEliminarSaudade!
A ausência é dissemelhante do esquecimento. Ás vezes, por vezes, muitas vezes estamos ausentes mas relembramos com carinho seres maravilhosos e, especiais.
Um laço terno de mim para si.
Ana
Ana,
ResponderEliminarObrigada pelo sorriso que fez florescer no meu coração. Desculpe pela resposta demorada,
Maria