
Quando era pequenina, a minha mãe dizia-me que os abraços ajudavam a crescer. Eu pensava que era em altura, e como até era baixinha estava sempre a pedir-lhe abraços. Não que eu só quisesse abraços para crescer, sempre achei que eles me aqueciam fisicamente e que me protegiam. Rejuvenescia ao fim de um bom abraço.
Com o tempo, apercebi-me que afinal eu crescia psicológicamente, ficava mais forte no coração e na alma. Penso que essa é das poucas coisas que se consegue ensinar a um filho, a ser forte no coração, uma vez que para se aprender a manter-se em pé, tem de se cair muitas vezes.
Mas a minha mãe conseguiu. Aquecia-me as feridas, e segredava à alma que o mundo seria sempre assim, uma queda interminável, mas que no fim nos ajuda a subir mais depressa do que se não tivéssemos caído. Como é normal, eu continuei a cair, talvez mais do que o normal, mas pude sempre contar com um bom abraço no fim do dia.
Não sei o que faria se não tivesse essa dose de amor diária, do tamanho do Universo. Talvez caísse e não me levantasse, talvez fosse baixinha. Ou talvez seria pobre de amor. E isso sei que não sou.
Maria,
ResponderEliminarO seu texto emocionou-me.
Assemelho o abraço a um laço de cetim. Aconchega e, agasalha quem priva de um abraço.
Coloração dissemelhante, dependendo do abraço que nos detém é o abraço de mãe – filha que semelhante à Maria detenho maior prazer, também.
Um terno laço Maria.
Ana
Ana,
ResponderEliminarPara dizer a verdade, não sei a que é que um abraço, para mim, se assemelha. Que me sinto melhor, no fim, é verdade. Se me aconchega, também.
E de facto, o abraço de mãe é o melhor e o que mais bem faz no fim do dia.
Um abraço,
Maria
oh +.+ está mesmo querido Mimi :) adoro.
ResponderEliminarJoana*