Há-las
em todas as casas, matam de riso jovens e graúdos, estão sempre
risonhas e felizes. São adoráveis e nunca crescem. Eu não fui uma delas.
A
minha irmã por outro lado, parece que ainda só com o seu ano de vida já
é a alegria do lar e da rua. Passa na rua por alguém e é capaz de
berrar "olá" a quem estiver atrás, ou de dar um high five a um completo
estranho, mandar beijinhos e dizer adeus enquanto na sua cara o sorriso
não se apaga, nunca!
Eu
por outro lado fui sempre calma, quieta, não dava beijos a ninguém e de
memórias que tenho acho que chorava mais do que ria, mas estas também
não são muito fiáveis, por isso não garanto esta última parte.
No
entanto, ouço inúmeras vezes "porque é que a tua irmã não pode ser como
tu?" e a única coisa em que consigo pensar é como eu gostava de ter
sido como ela, talvez com a excepção do facto de ela nunca, mas NUNCA,
estar quieta num lugar a brincar. Qualquer coisa nova que apareça num
sítio e que ela tenha a certeza que não estava lá antes, é objeto de
toda a sua atenção e ela não descansa enquanto não o tiver na mão ou,
mais precisamente, na boca.
Apesar
de ser minha meia-irmã e de só a ver de vez em quando e de termos 15
anos de diferença, sei que quando ela crescer vamos ter das melhores
relações de sempre. OK, e daí se calhar não, visto que vou ter quase
idade de ser mãe dela, ou muito provavelmente já vou ter filhos quando
ela tiver a minha idade, still vai ser giro.
15 de Abril de 2012
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