24 junho 2009

Muito...

Eu sempre te admirei. Era engraçada a maneira como sorrias a todos os problemas e os enfrentavas com uma facilidade que até assustava. "Mas tu não tens medo de nada?" lembro-me de te perguntar timidamente, soltaste uma gragalhada (eu gostava da maneira como rias) e disseste-me que tinhas medo de algo como toda a gente, apenas ainda não sabias do quê.
Bem, eu sempre soube do que tinha medo. Medo de aranhas, mas esse era insignificante. Eu tinha medo de te perder e a essa segurança. Segurança essa em que bastava mesmo ter os teus grandes braços à minha volta para me sentir protegida. Ah e a esse sorriso.
Eu cresci, amadureci e tu deixaste de me proteger para que, penso eu, conseguisse defender-me a mim própria. A verdade é que eu posso mostrar-me confiante, mas é só uma máscara, bem lá dentro sinto-me pequenina sem esse teu abraço.
Porque é que à noite já não dizes aquele "Amo-te" bem grande e cheio de amor? Agora só dizes depois de eu to dizer. Mudaste? Ou tens medo de me perder nesse mundo de pessoas crescidas?
Eu tenho muitas saudades de ser pequenina, aí era a aquela míuda engraçada que tu tanto gostavas...
Eu ainda gosto muito de ti. Não podes continuar a olhar para mim como antes?
Vou-te perguntar mais uma vês se ainda "tens medo de alguma coisa?" acho que já sei a resposta.
Da mudança.

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